quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Noções Básicas do Hipertexto

O Hipertexto é um texto suporte que acopla outros textos em sua superfície cujo acesso se dá através dos links que têm a função de conectar a construção de sentido, estendendo ou complementando o texto principal.

Para Shneiderman & Kearsley (1989), citados por Apud Leiro (1994), o hipertexto pode ser uma rede de nós e ligações entre documentos, onde os documentos são nós e as ligações são referências cruzadas. As redes podem ter a forma de hierarquia, embora geralmente as associações entre os nós sejam mais complexas. Os nós e as ligações não se restringem a textos, podendo ser gráficos, fotos, sons narração ou sequência animadas (vídeo).

Segundo Ted Nelson, o hipertexto pode ser visto como sendo o conjunto de informações textuais, podendo estar combinadas com imagens (animadas ou fixas) e sons, organizadas de forma a permitir uma leitura (ou navegação) não linear, baseada em indexações e associações de ideias e conceitos, sob a forma de links. Os links agem como portas virtuais que abrem caminhos para outras informações.

Para Lévy (1993), o hipertexto é um conjunto de nós ligados por conexões. Os nós podem ser palavras, páginas, imagens, gráficos, sequências sonoras, documentos complexos que podem eles mesmos ser hipertexto.

Para caracterizar o hipertexto, Lévy recorre a seis princípios, que proporciona uma visão panorâmica, que, organiza, resume e amplia a ideia de rede que se pretende construir.

  • Princípio de metarmofose: explicita a ideia de que a rede de significações que constitui o conhecimento está em permanente transformação.

  • Princípio de heterogeneidade: os nós e as conexões de uma rede hipertextual são heterogéneas. Na memória serão encontradas imagens, sons palavras, diversas sensações, modelos, etc., e as conexões serão lógicas afectivas, etc. Na comunicação, as mensagens serão multimédias, multimodais, analógicas, digitais.

  • Princípio de multiplicidade e de encaixe das escalas: qualquer nó ou conexão, quando analisado, pode revelar-se como sendo composto por toda uma rede, e assim por diante indefinidamente, ao longo da escala dos graus de precisão.

  • Princípio de exterioridade: este princípio pretende caracterizar a permanente abertura da rede hipertextual e do conhecimento em construção. Na visão de Lévy, não existe dentro, só existe fora, o que também pode significar que não existe fora: interior e exterior não são nitidamente determinados, estabelecendo-se, tópica e momentaneamente, fronteiras móveis, apenas com finalidades operacionais.

  • Princípio de topologia: o que está em foco neste princípio é a ideia de proximidade entre significações. Para Lévy a rede não está no espaço, ela é o espaço. Um espaço de representações, mas um espaço vital onde se estreitam e se multiplicam as conexões biológicas que entretecem o conhecimento, realçando o significado da expressão "ecologia cognitiva ".

  • Princípio de mobilidade dos centros: diz que a rede não tem centro, ou melhor, possui permanentemente diversos centros que são como pontas luminosas perpetuamente móveis, saltando de um nó a outro, trazendo ao redor de si uma ramificação infinita de pequenas raízes, rizomas, finas linhas brancas esboçando por instante um mapa qualquer com detalhes delicados, e depois correndo para desenhar mais à frente outras paisagens do sentido. Este princípio pretende demonstrar que a constituição do conhecimento ocorre em sentido amplo.


Nós

Segundo Leiro (1994) os nós são as unidades de informações em um hiperdocumento que podem conter um ou mais tipos de dados: texto, figuras, fotos, sons, sequências animadas, código de informação, entre outros. É conectada por ligações numa variedade de estruturas.



Ligações (LINKS)

No hipertexto ligações são marcas que conectam um nó com o outro. Quando uma ligação é activada, um salto é feito para o ponto associado pela ligação, que pode ser uma palavra, frase ou nó inteiro do mesmo documento ou de outro.
As ligações são geralmente representadas por pontos na tela que indicam a origem ou o destino das ligações. Podem ser palavras ou frases em destaque (negrito, itálico ou cores), mas também podem ser gráficos ou ícones.
A estrutura de um hipertexto determina e descreve o sistema de ligações ou relacionamentos entre os nós ou unidades de informação. Ela deve reflectir a estrutura organizacional do assunto relacionado ou a uma rede semântica de um especialista.

Representação gráfica do Hipertexto



Fontes:

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